segunda-feira

Histórias com alimentos!

A moranga que abriu

Os patrões viajaram para A lemanha e quando voltaram trouxeram dois amigos. Eles pediram para que eu preparasse um jantar para eles. Eu preparei camarão na moranga.
Fiz o molho do camarão e dei uma fervida na moranga. Até aí, tudo bem. Quando foi na hora de servir o jantar, coloquei o camarão dentro da moranga, pus na bandeja para colocar na mesa e foi aí que o "bicho pegou": Quando eu coloquei a bandeja na mesa a moranga abriu e foi camarão para todos os lados.
Imagine a minha vergonha na frente dos convidados que acabaram comendo só a massa da moranga com arroz e salada!

Deonalva Paiva da Silva


Farofa de ovos fritos

Quando eu era criança eu comia muita farofa.
Quando foi um dia minha mãe saiu e me deixou com minha irmã. Ela fez uma farofa e eu pedi um pouquinho, mas ela não me deu. Esperei ela sair e comi. Quando ela voltou percebeu que eu tinha comido a farofa. Ela me deu uma surra e emborcou a panela na minha cabeça!

Enelita


O Baião que marcou a minha vida

Eu trabalhava para uma família que tinha um filho que gostava muito de baião de dois. Eu, então, tinha por obrigação de fazer para ele todas as semanas. Ele adorava o baião que eu fazia e eu também gostava muito de fazer para ele. Nos gostávamos muito.
Quase três anos depois que eu trabalhava na casa dele eu tive que sair de lá para vir para São Paulo. Eu já tinha comprado as passagens e so faltavam oito dias para que eu viesse.
Ele faleceu. Para mim foi uma das maiores perdas que eu já tive em toda a minha vida. Eu nunca consegui esquecer e sempre que eu faço baião, lembro muito dele, é como se ele estivesse aqui.
É por isso que essa comida e a que mais marcou minha vida.
Quando eu estive no Norte, a mãe dele pediu para que eu fizesse um baião de dois para que todos juntos pudessem saborear depois de cinco anos que eu tinha saído de lá.
Foi muito bom, mas ele não estava e fez muita falta!

Francisca


Sobremesa destruída

Eu já passei várias decepções depois que exerci a profissão de cozinheira.
Uma delas foi quando eu fiz uma canjica para servir no almoço como sobremesa. Eram seis pessoas. A patroa queria algo quente porque estava frio.
Fiz uma bela canjica com amendoim. Servi o almoço e enquanto eles almoçavam pus a canjica para ferver. Agora é que chegou a hora das decepções: peguei uma tigela de cristal, coloquei em cima da pia e despejei a canjica dentro dela. A tigela estourou na hora, ficou toda a canjica espalhada em cima da pia, com os cacos de cristal.
Coloquei a mão na cabeça e falei: Meu Deus, e agora?!
Minha patroa era muitoboa, e eu sabia que ela entenderia. Abri uma lata de pêssego, coloquei em uma tigela bonita e servi com chantilly.
No dia seguinte fiz outra canjica porque ela ficou com muita vontade de comer.
(Eu adoro D.Lia, nunca perdi o contato com ela)

Hélia Almeida C. Santos



O pão de queijo que ficou duro

Fui na casa da minha amiga e ela fez um delicioso pão de queijo de forno. Pedi a ela a receita para fazer para meu filho.
Numa tarde de domingo, resolvi fazer e falei para ele:
__ Filho, vou fazer um pão de queijo tão delicioso que os cachorros não vão nem comer, porque não vai ter sobras.
Fiz o pão de queijo seguindo a receita que ela deu para mim. Não sei o que coloquei a mais ou a menos, mas o pão de queijo ficou duro que ninguém conseguiu comer.
Meu filho deu muita risada e falou:
__ Mãe, a senhora tinha razão, nem os cachorros vão comer esse pão de queijo de tão ruím e duro!

Ilma Xavier dos Santos



A pimenteira


O meu pai sempre que estava almoçando, comia feijão com farinha.
Ele pegava o feijão com a farinha e misturava com as mãos, fazia bolinhos para comer com molho de pimenta, que era a mistura.
Um dia desses ele estava almoçando e eu queria comer com ele mas ele não queria e falava não. Eu continuava teimando até que ele ficou bravo, pegou o bolinho que ele fez no prato de feijão com farinha e bastante pimenta e me fez comer.
Eu aprendi o que era NÃO!

Irene Valetim da Silva


O doce

Eu me lembro quando eu era criança e estudava, na minha classe tinha uma aluna que a família dela roubava. Meu primo vendia doce com uma pessoa e essa aluna roubou e colocou a culpa em cima de mim. A classe toda ficou sabendo e foi contar para meu avô.
Eu sem saber do que estava acontecendo. A aluna falou na sala que eu tinha pego o doce e meu avô acreditou nela. Ele me bateu.
A pessoa que era responsável pelo doce não acreditou e foi brigar com meu avô. Só que não adiantou nada porque eu já tinha sido espancada.
Não foi fácil eu apanhar sem culpa.

Ivone



A tragédia do alimento

Há muito tempo eu morava com meu primo. Morávamos os dois sozinhos numa casa. Nós dois mesmo que cozinhávamos. Nessa mesma época eu peguei um serviço numa ótica para reformar a loja.
A loja funcionava durante o dia e a noite era fechada. A gente chegava para trabalhar nesse horário e até nos feriados. Era muito puxado. Nos finais de semana a gente entrava às sextas-feiras e saia na madrugada de segunda-feira.
No último dia de jornada terminamos no domingo à tarde. Eu estava tão cansado e com sono que não aguentava mais nada. Fui andando e meu irmão ficou fazendo uma limpeza.
Cheguei em casa morto de sono, cansaço e fome. Tomei um banho e depois fui "passar" um bife para a gente almoçar. Coloquei o bife na panela, fui para o quarto e liguei a televisão. Eu só vi até aí.
Logo depois,meu irmão chegou e me deu um susto enorme gritando e dizendo que a carne tiha queimado. Eu acordei atordoado e corri para a cozinha e lá estava só a panela com o carvão da carene.
Ele já tinha desligado o fogo! Foi um susto!

José Aparecido


Lembrança do Passado

O mais engraçado que aconteceu na minha vida com comida foi quando meu primo estava vindo do nordeste para São Paulo e eu fiquei de fazer o almoço. Os meus colegas foram buscá-lo na rodoviária e eu fiquei para fazer o almoço. Não tinha costume de cozinhar na panela de pressão. peguei os dois frangos, coloquei na panela com mais dois litros de água com medo de queimar o frango.
Eles chegaram.
Eu chamei para almoçar e eles comentaram que estavam com muita fome. Ao chegar perto da panela virama aquele mar de água e me falaram:
__ Quem vai mergulhar aqui nesse mar de água?
Nessa hora eu lembrei das palavras que minha mãe falava para mim. Um dia você vai ter que se virar sozinho por este mundão de meu Deus. Naquele momento fiquei muito triste por não saber cozinhar.
Foi o que mais marcou minha vida. Até hoje quando lembro daquele momento penso comigo po que fizeram gozação da comida que eu fiz!!!

Marcelino Correia Gomes




Travessura
s

Quando eu era criança, eu e a minha prima pulávamos a janela da dispensa da casa do meu avô escondidas para pegar carne para comer. Nós íamos brincar de casinha e cozinhávamos a carne para fazer a nossa comidinha debaixo da árvore. Era tudo escondido dos nossos pais.

Também quando era criança, subia no armário para pegar bolacha. Eu pisava na prateleira. Um dia a prateleira caiu em cima de mim com tudo. Sofri para contar para minha mãe, é que era difícil de tanto medo dela e bater.

Eu estava fazendo feijão e de repente o pino da panela de pressão pulou e a panela estufou. Eu sai correndo com medo da panela explodir. Só que depois eu voltei para pegar o pino e colocar na panela de volta.

Lidia Ruas dos Santos


A costela do Noivado


Quando eu tinha 16 anos minha mãe mandou fazer uma costela para meu noivado.
Eu não sabia cozinhar. Ela falou para mim fazer a costela com macarrão. Eu peguei a costela com toda a gordura e coloquei na panela de pressão com muita água mas sem nenhum tempero. Só com sal. Levou duas horas para cozinhare quando minha mãe abriu a panela ficou muito brava comigo. Eu falei para ela que se ela tivesse me ensinado a cozinhar não teria ficado daquele jeito.
Ela foi colocar temperos na costela para servir o almoço.

Maria Aparecida Cunha


A batata que me deixou triste


Um dia eu fui fazer batata frita e quando terminei de fazer eu esqueci o óleo no fogo. Quando eu voltei para a cozinha o óleo estava pegando fogo. Queimou a panela e o fogão destruiu inteiro.
A cozinha ficou inteira de fumaça. O teto da cozinha ficou preto e eu passei uma tarde inteira tentando limpar a sujeira.
Quanto mais eu limpava, mais a fumaça aparecia. Eu fiquei com o corpo todo dolorido de tanto ficar com os braços para cima tentando limpar o teto.

Maria Helena Lima


O pão de ló que não deu certo.


Um dia epguei uam receita de pão de ló no jornal para fazer. Fiz o preparo da massa, coloquei no forno para assar e logo começou a derramar no forno e não parou mais. A fumaça começou a queimar e no final ficou uma borracha e não prestou para comer. Deu muito trabalho para limpar o forno e as assadeiras, porque foram muitas para a massa que derramava.
Joguei fora. Limpei tudo e não tentei fazer mais o tal pão de lá.
Quando meu patrão chegou foi logo procurar o pãod eló por todo o lugar para comer......

Verônica

A morte da galinha

Quando eu era criança, minha mãe mandou eu matar uma galinha, mas não deu certo. Eu não sabia como fazer aquilo.Ela estava amarrada e eu tinha que tirar um pouco das peninhas dela com a faca. Eu e ela estávamos com medo e, além disso, eu estava com dó. Cortei o pescoço dela e pensei que ela estava morta.
Quando de repente ela se levantou e correu atrás de mim. Encontrei uma escada e subi. Fiquei gritando e minha mãe que terminou de matar a bichinha.
No fim tive que lavar e cozinhar aquela que correu atrás de mim no quintal inteiro.

Maria Cleonice Gonzaga

Sopa de macarrão com jabá

Um dia minha avó mandou eu fazer sopa de macarrão com carne de jabá. Eu fui fazer.
Coloquei o macarrão para cozinhar e depois misturei tudo. Deixei cozinhar. Nesse dia minha avó estava doente e não podeia fazer a sopa, então, por isso ela pediu que eu fizesse. Só que minha avó não me disse que a carne de jabá era muito salgada. Como eu não sabia, coloquei sal na sopa.
Quando minha avó provou a sopa para ver se estava boa, ela me chamou e disse:
___Você colocou mais sal na sopa?
Eu respondi que sim.
Ela ficou furiosa e disse:
___Mas não era para colocar sal na sopa. A carne já era salgada.
Eu disse que não sabia e deixamos a sopa. Nós não comemos.
Ninguém lembrou que meu tio tinha saído e só voltou três horas da manhã. Ele não tinha comido nada e não sabia que a sopa estava salgada. Ele viu a sopa e esquentou. Comeu tudo.
No dia seguinte quando minha avó foi ver, não havia nada na panela. Ela perguntou se eu havia tomado e disse que não. Meu tio ouviu e respondeu que que tinha tomado a sopa era ele. Minha vó perguntou se ele não tinha achado salgada. ele respondeu:
___Salgada? Eu nem reparei nada, com a fome que eu estava!

Maria das Graças de Souza

O bolo da vovó

Quando eu era criança sempre que eu ficava doente a minha vovó fazia um bolo de macarrão muito gostoso. Eu nunca vou esquecer. A minha mãe fala para mim que eu ficava doente só para comer o bolo da minha vó que eu amo.

Quando somos crianças, somos mais famintos. A minha mãe viajou para Goiânia e a minha irmã ficou para fazer comida, mas ela não sabia, então, ela fez uma carne de porco que eu nunca vou esquecer. A carne me deu uam dor de barriga que durou um mês!

Marcia Francisca


O macarrão e o ovo que não deram certo

A primeira vez que eu fiz macarrão eu pensava que era feito como arroz. Coloquei o macarrão na panela com água e deixei cozinhar. A água ficou seca e o macarrão duro. Tão duro que não dava para sair da panela...

Outra vez fui cozinhar um ovo no microondas. Coloquei o ovo com um pouco de água. O ovo estorou e fez uma sujeira tão grande que eu mesma me assustei.

Marilene Alves

O almoço de Natal

Em dezembro minha patroa me pediu que eu fizesse umas quiches para serem servidas para seus sogros que são vegetarianos. Só que deveriams ser feitas com farinha de arroz.
Eu coloquei todos os ingredientes e fiz a massa. Coloquei na geladeira e fui fazer o recheio. Quando eu terminei de fazer o recheio e fui abrir a massa, então, foi aí que aconteceu a tragédia.
Ao tentar abrir a massa deu tudo errado. A massa não abria e ficava toda em pedaços.
Fiquei muito nervosa e comecei a chorar. Fiquei com vontade de jogar a massa fora porque não dava certo, então, minha patroa me perguntou porque eu estava chorando.
Eu respondi que a farinha não tinha dado certo para a massa.
Ela pediu que eu ficasse calma que ia dar tudo certo. Ela pegou a massa e começou a colocar na forma. Modelou todo o fundo da forma de quiche.
No final deu tudo certo com as quiches de Natal.
Todo mundo comeu e estava maravilhoso!

Maria Meire N. da Silva


O almoço


Um dia meu pai e minha mãe convidaram o compadre e a comadre para almoçar em casa. Só que o almo;co era um tatu. Pai e mãe não sabiam que o compadre não gostava de comer tatu.
O compadre chegou na hora do almoço e ficaram batendo um bom papo.
O almo;co já estava pronto e pai e mãe chamaram o compadre e a comadre para almoçar. Quando o compadre viu o almoço ficou triste, mas sentou na mesa e comeu de tudo um pouco, só não comeu o tatu.
Meu pai perguntou:
__Compadre, o senhor não vai comer o tatu?
Ele respondeu:
__ Desculpa, compadre, eu não gosto de tatu. Pai ficou triste e disse para o compadre:
__Eu é que tenho que pedir desculpas!!

Reginaldo de Jesus Marinho

O esquecimento

Quando eu morava sozinho na Móoca, eu começava a estudar às sete horas e saía de casa às seis horas da tarde. Um dia esqueci a panela de pressão no fogo com feijão.
Ao chegar em casa às onze e meia da noite, a panela ainda estava lá e o feijão já estava torrado, a borracha da tampa estava toda derretida.
Havia um cheiro forte que dava para sentir lá da rua.
A casa estava tomada pela fumaça e a quantidade era tanta que até os vizinhos já tinham chamado os bombeiros.
Para sair todo o cheiro levou mais de uma semana.
Sei que escapei de um desatre maior!

Ricardo Abade Teixeira de Souza

Remédio

Quando eu era pequena minha mãe sempre tinha que me dar remédio. Era azeite doce e eu não gostava de tomar azeite doce! Para tomar o remédio ela tinha que oferecer qualquer coisa.
Ela disse que ia me dar carne para comer e eu ficava com tanta vontade de comer carne. Eu ficava dentro do quarto com a porta fechada e o copo de azeite e ela dizia que só levava a carne quando eu terminasse de tomar o remédio. Euderramava o azeite e dizia:
__ Já terminei.
Ela vinha com a carne e eu comia e ficava por isso mesmo.

Outros acontecimentos

Meu pai me pediu para fazer um café para ele e eu não sabia fazer o café do jeito que ele gostava, mas mesmo assim fui fazer o café para ele. Só que em vez de colocar o açucar, coloquei sal e foi uma bronca daquelas....

Minha mãe gostava de fazer ensopado de frango. Eu gostava muito do caldinho. Fui fazer desse caldo uma farofa e em vez de colocar a farinha coloquei fubá....Me deu uma raiva de mim mesmo!!!

Outra vez fui fazer um macarrão tão empolgada. Coloquei o macarrão para cozinhar na água. No lugar de colocar na água quente, coloquei o macarrão na água fria. O macarrão cozinhou tanto que virou uma papa. Fiquei muito chateada.

Frango Assado


Um dia fiz um almoço para a minha cunhada, só que ela chegou em casa muito cedo. Nós ficamos conversando e esqueci do frango que estava no forno. Quando eu lembrei já tinha queimado. Minha mãe chamou brigando comigo porque eu deixei o frango queimar.
Nós estávamos bebendo caipirinha e aí a gente foi comer bifes.
Fiquei com vergonha de ter bebido a caipirinha mas depois passou.

Joselita

Bolo de Limão

Um dia cheguei na casa da minha patroa e ela tinha feito um bolo com sabor de limão. Só que ela errou na receita do bolo e no lugar de colocar três colheres de suco, ela colocou meio copo de suco de limão. O bolo ficou tão azedo que ninguém conseguia comer.
Meu patrão disse a ela:
__Você inventou esse bolo? De onde você tirou essa receita, foi de um pé de limão? Eu nunca vi uma coisa tão ruím. Voc6e vai comer este bolo e vai parar no hospital.... acho bom jogar fora.
Minha patroa comentou que devia ter esquecido alguma coisa e ficou chateada.
Esse foi um dia que não dá para esquecer.

Jarnelândia(Leninha)


Cozinha e cozinhar


Eu nunca gostei de cozinhar. Quando eu era pequena, minha mãe dizia que eu e minha irmã tínhamos que fazer todo o serviço de casa, então, eu não gostava de cozinhar e eu dizia para a minha irmã que ela fosse fazer a comida que eu ia limpar a casa e ela concordava comigo.
Hoje ela sabe cozinhar muito bem e eu não. Quando passei a ser dona de casa, sofri, pois eu sempre deixava faltando tempero ou cozinhava com sal demais.
Não gosto de cozinhar até hoje.

Solange Borges

A galinha que ninguém comeu


Quando eu era pequena morava no interior. Um dia meu pai falou que viria um amigo dele jantar em casa e era para matar uma galinha.Eu pedi para minha mãe deixar que eu fizesse o jantar e ela deixou. Eu matei a galinha, cortei bem direitinho, lavei, e estava muito empolgada porque estava fazendo aquele jantar. Não via a hora de servir, então, a hora chegou.
Estavam todos sentados à mesa. Minha mãe colocou a comida, a galinaha estava bonita ebem temperada. Todos colocaram no prato e começaram a comer.
Ao olhar para a mesa, todos estavam com a cara ruím. Papai perguntou:
__ O que tú colocaste na galinha? Foi erva-doce?
Ele começou a brigar com minha mãe e ninguém comeu da galinha.
O problema foi que no lugar de cominho eu coloquei erva doce e ficou muito ruím!

Esperança Neta Maia

O fracasso do bolo

Um dia eu fiz um bolo de fubá para mostrar à minha patroa que eu acertava fazer. Eu peguei todos os ingredientes, coloquei em cima da pia para preparar o bolo.
Comecei a preparar. Coloquei na panela para cozinhar até o ponto de cozimento, só que passou do ponto e cozinhou demais e ficou duro! Foi preciso jogar no lixo porque não prestou para nada. Fiquei triste porque tinha feito o bolo escondido para surpreendê-la e, no fim, não teve bolo nenhum para agradar a patroa.
Eu pensei:ainda bem que ela não sabia que eu estava preparando o bolo.
Ela continua sempre dizendo:
__ Martinha, nunca fez um bolo!
Eu fico bem quieta. Nunca contei que tentei fazer mas não consegui.

Martinha Moreira dos Santos

O colega que não sabia cozinhar

Uma vez fui convidado para jantar na casa de um colega. Cheguei lá achando que ia comer muito.
Foi uma decepção! Não tinha nada para comer porque meu amigo não sabia cozinhar.
O jeito foi comprarmos uma pizza para matar a fome que estávamos!

Josinaldo Roberto dos Santos

A sopa de cenoura ou abóbora?

Quando eu cheguei aqui em São Paulo eu comecei a trabalhar muito nova e não tinha experiência. Comecei a trabalhar neste mesmo trabalho que estou até hoje.
Um dia minha patroa pediu para eu comprar legumes: batata, chuchu e cenoura. Enfim, ela pediu todos os ingredientes para fazer uma sopa. Fui no sacolão comprar todos eles, mas não tinha a cenoura.
Eu não podeia ir no outro sacolão porque tinha um namorado lá e fiquei com muita vergonha. Eu pensei: vou voltar e comprar um pedaço de abóbora bem vermelhinha e fazer uam bela sopa para minha patroa.
Ela comeu e achou muito gostosa a minha sopa de abóbora e nunca descobriu esse segredo que guardo até hoje!

Ereni

Lembranças da minha infância

Quando eu era adolescente , aos treze anos, eu não me alimentava direito e era bem magrinha. A minha mãe dizia que eu tinha muitos vermes, então, ela preparou um remédio com bastante ervas e azeite de mamona.
Eu tinha que tomar tudo aquilo de madrugada em jejum. Ainda sinto o gosto de tudo em minha boca. Passo até mal, só de lembrar.
Depois fui morar com minha avó. Eu já estava curada. Minha querida avó fazia para mim biscoito de polvilho que era uma maravilha de bom.
Sinto muita saudades da minha querida avó, que não está mais entre nós.

Izabel Maria de Jesus