segunda-feira

Será Cordel?

O PASSEIO AO CEMUCAM

NUM SÁBADO CHUVOSO

FOI CONTADO PELOS ALUNOS

NESSE CORDEL MARAVILHOSO!

Leia abaixo o que contam os alunos em cada cordel:



FUI AO PASSEIO NO PARQUE

COM MINHA TURMA DA ESCOLA

FOMOS NO ÔNIBUS BRINCANDO

E LEVAMOS ATÉ BOLA.

QUANDO CHEGAMOS LÁ

TINHA CAFÉ COM PÃOZINHO

FEITO PELO PATO E REGINALDO

COM AMOR E CARINHO.


OMEU PASSEIO AO PARQUE

FOI MUITO DIVERTIDO

DANCEI MUITO FORRÓ

ESCONDIDO DO MARIDO


ENTRAMOS NO ÔNIBUS PARA O PASSEIO

ESPERANDO PELO PIRÃO

EM VOLTA DA MESA DO ALMOÇO

PARECÍAMOS TODOS IRMÃOS.


QUANDO EU FUI NO CEMUCAM

COMI GALINHA E FEIJÃO TROPEIRO

TODOS COMERAM MUITO

DESDE O ULTIMO ATÉ O PRIMEIRO.

NO PARQUE TODOS JUNTOS

FIZEMOS ATÉ CAMINHADA

JUNTO COM A DIRCE

E TODA A MULHERADA.

MARILENE E RAIMUNDA

É cordel!

Fomos ao CEMUCAN

Num sábado que estava chovendo

Minha parceira de trabalho não foi

Mas de tudo ficou sabendo.


O tal baião de dois

Nunca tinha ouvido falar,

Mas quando comecei comer

Não quis mais parar.


De tudo que fizemos

Eu já me esqueci

Mas não posso esquecer

Da vaca atolada que eu comi!


A galinha estava uma tentação

Mas eu preferi comer a vaca atolada

Que sempre me faz lembrar

Do meu querido sertão.


O passeio foi tão bom

Que eu não via a hora passar

Chegou o final do dia

E nós precisamos voltar.

Aquele passeio quando terminou

Deu uma “desanimação’

Eu já sei o que foi...

Foi o efeito do pirão.


Maria Aparecida e Manuel

Mais cordel...

NO ÔNIBUS CHEIO

TINHA MUITA GENTE BACANA

INDO PARA O PARQUE

COMER COMIDA BAIANA


CHEGAMOS NO CEMUCAN

NA MAIOR EMPOLGAÇÃO

TODOS OS ALUNOS JUNTOS

TOMANDO CAFÉ COM PÃO.


LÁ FORA TUDO ACONTECIA

OS HOMENS NA MAIOR ANIMAÇÃO

JOGANDO FUTEBOL

E FALANDO PALAVRÃO


FIQUEI COM MEDO DE APITAR

E FOI AÍ QUE ACONTECEU

NINGUÉM GANHOU O JOGO

PORQUE UM EMPATE SURPREENDEU


A COMIDA DO NORDESTE

É MUITO SABOROSA

E OS ALUNOS QUE FIZERAM

DEIXARAM MAIS GOSTOSA .


DE TUDO QUE PARTICIPAMOS

ALGO QUERO COMENTAR

O PIRÃO DO ALFREDO

ESTAVA BOM PARA "DANAR”.


FICAMOS MUITO FELIZES

E FOI TUDO ENCANTADOR

PERCEBEMOS LÁ NO PARQUE

TUDO ERA FEITO COM AMOR.


Maura e Cleusa


sábado

O cordel acabou...Comente ou faça o seu!

Naquele sábado chuvoso

Cheguei atrasada com as galinhas

Meus amigos pensavam

Que tinha comido "todinhas".


O baião de dois foi

Uma boa tentação

Mas preferi a galinha

Que estava uma perdição.


O feijão tropeiro

Parecia muito apetitoso

Mas o pirão

Estava muito mais gostoso.


No sábado do passeio

Acordei cedinho pensando

Na comida gostosa que

Cada classe ia aprontando.


Joguei, dancei, brinquei

Foi tudo muito gostoso

Mas nada se compara

Ao doce de abóbora saboroso.

Alfredo e Jarnelândia

Estudo do Meio

Saberes dos Sabores ou Sabores dos Saberes?

Aqui as imagens de um dia especial!
Entre panelas, árvores, músicas, chuva e muita animação foram nascendo os pratos que traziam a memória dos sabores e saberes de cada classe.

O Baião de Dois, que virou "Baião de Muitos"! A Vaca Atolada que nos deixou "atolados de felicidade". O Feijão Tropeiro, que alimentou a "tropa toda". A Galinha Caipira, que era a mais esperada, e ainda vinha junto com o Pirão. E, não era qualquer pirão, era o Pirão do Alfredo!
Para terminar o Doce de Abóbora com Coco, que nos esperava e trouxe a doce sensação do prato final!

Veja as fotos e experimente sentir o sabor desse alegre dia de memórias gastrônomicas!






Para ver mais fotos, é só clicar aqui!

Antonia Socorro de Andrade e Souza
  • Eu gostaria de contar muitas coisas que vi no parque e no jardim. Foi muito legal. Tirei bastante foto com as colegas e nós nos divertimos bastante. Conheci pessoas diferentes que eram os seguranças e também as pessoas da festinha que estavam junto. As comidas estavam deliciosas, foi muito bom. Fizemos caminhada com a professora Dirce na floresta e depois voltamos pra descansar um pouco. Depois de descansar, voltamos novamente com a caminhada para o outro lado do parque. Gostei muito do local verde e tiramos mais fotos, que legal!

Reginaldo de Jesus Marinho

  • Fomos a um grande passeio com os professores e os colegas de escola num sítio chamado Cemucam. Chegando lá, tinha uma linda casa com floresta e quadra de futebol. As pessoas que foram se divertiram com brincadeiras diferentes enquanto nós brincávamos. As mulheres estavam dando um show na cozinha, fazendo aquela comida nordestina que estava muito boa, uma delícia! A vaca atolada, o baião de dois, o frango caipira estavam muito bons. Depois fomos para aquele forró para ficar mais animado. Dancei muito com as colegas de escola. Estava muito bom, uma delícia, muito legal. Só vim embora porque o passeio já estava terminando. Que pena!

Thereza de Moraes

  • Eu fui para o passeio de manhã. Chovia muito. Nós pegamos o ônibus, o motorista se perdeu. Eu olhei para ele e ele falou: “Não sei chegar”. Chamei a professora Helena. Foi muito bom chegar lá. Tinha uma casa grande, um bosque maravilhoso e uma coruja muito bonita. Lá tinha cobra e jacaré, animais que mordem. Depois fomos brincar de amarelinha e fomos à caminhada com a professora Dirce. No passeio eu conversei com o motorista. Ele era muito legal. As comidas estavam muito gostosas, mas a vaca atolada estava mil. As cozinheiras estão de parabéns. A couve foi cortada bem fina e estava bem saborosa e gostosa, mas o doce de abóbora com queijo estava maravilhosa. Dez!
Ricardo Abade Teixeira de Souza

  • Eu fui para o passeio de manhã. Chovia muito. Nós pegamos o ônibus, o motorista se perdeu. Eu olhei para ele e ele falou: “Não sei chegar”. Chamei a professora Helena. Foi muito bom chegar lá. Tinha uma casa grande, um bosque maravilhoso e uma coruja muito bonita. Lá tinha cobra e jacaré, animais que mordem. Depois fomos brincar de amarelinha e fomos à caminhada com a professora Dirce. No passeio eu conversei com o motorista. Ele era muito legal. As comidas estavam muito gostosas, mas a vaca atolada estava mil. As cozinheiras estão de parabéns. A couve foi cortada bem fina e estava bem saborosa e gostosa, mas o doce de abóbora com queijo estava maravilhosa. Dez!













Brincadeiras da Infância


Leiam as histórias das brincadeiras que deixaram saudades!


Rosana

  • Eu gostava de brincar de boneca com a minha prima Daniela, e, aos finais de semana, fazia os batizados das bonecas. Convidávamos tia Maria para ser a madrinha e tio José para ser o padrinho, e depois íamos para a casa da minha outra tia almoçar. As bonecas, minha tia ganhava da clínica e dava para nós.
Vera


  • Quando eu era criança brincava muito de pular corda esconde-esconde com meus irmãos,passa anel,amarelinha,e também de boneca com minhas colegas. Eu não tinha muito tempo para brincar, pois comecei a trabalhar muito cedo, na roça, com meus irmãos. A minha brincadeira preferida era pular corda e também de boneca.
Silvaneide

  • Eu gostava muito de brincar de casinha com minhas amigas, mas nós não tínhamos bonecas porque nossos pais não tinham condições de nos dar. Nós pegávamos espiga de milho no pé, bem novinho com cabelo e nós fazíamos de bonecas que seria nossos filhinhos. Eu tinha muita vontade de ter uma boneca de cabelo, mas não podia. Eu e minhas amigas também gostávamos de cozinhar, mas um dia nós inventamos de cozinhar de verdade no fogo à lenha que fizemos. Só que eu me dei mal porque fui fazer comida num pote de manteiga, o pote derreteu e queimou meu vestido e minha barriga. Eu chorei tanto que a minha irmã veio correndo para saber o que tinha acontecido. Até hoje eu tenho marcas de queimaduras em partes da barriga. Nunca mais quis saber de brincar de fazer comidinha de verdade, só de brincadeira e sem fogo.
Alfredo


  • Corrida de Argolinha era uma brincadeira diferente e bacana. “Muntado” em um cavalo, os cavaleiros tinham que partir com certa velocidade para retirar a argola, que ficava pendurada em uma espécie de trave. O cavaleiro que conseguia pegar mais vezes a argolinha, durante as dez voltas que tinha direito, ganhava o prêmio. Eu gostava muito de ficar olhando. Era a diversão dos fins de semanas ,que eu adorava, porque sempre tinha muitas meninas e muita gente boa.
Eleci

  • No meu tempo de criança eu era muito feliz! Eu e minhas irmãs adorávamos brincar, nós não trabalhávamos e acordávamos de manhã, íamos brincar no rio. Lá tinha uma árvore grande que nós fazíamos nossas casinhas embaixo. Eu levava frutas e água. O tempo passava e nós não percebíamos. Além disso, eu tinha uma boneca linda chamava Lili.

Ereni

  • Meu tempo de menina era muito gostoso, eu brincava bastante, pois foi um tempo muito bom. Eu não tenho porque reclamar. Nós brincávamos de várias brincadeiras. Cobra-cega é uma delas. Nós pegávamos um pano escuro, amarravámos nos olhos, pegávamos um cipó e começávamos a correr atrás das outras colegas para bater. Quem levava uma surra virava uma cobra, essa brincadeira era divertida. Agora, vou contar outra: esta é a brincadeira da casa de folha verde. Lá no quintal as paredes eram de vara. O telhado era de folha verde, mas era uma casa muito especial para as crianças brincar. Quando a casinha já estava pronta. Nós fazíamos comidinha e acabava brincando. A brincadeira era tão divertida que nós não dávamos trabalho para nossa mãe. Uma brincadeira gostosa, também, era brincar de boneca com minhas amigas, mas quando nós já estávamos cansada.
Maura

  • Quando eu era criança e ia para escola, eu gostava de brincar,de queimada futebol e elástico. Quando jogávamos futebol contra os meninos nós sempre ganhávamos, quando íamos embora, umas tinham arrancado as unhas, outras quebravam os dedos. Eu fui uma delas, quebrei meu dedo, duas vezes, mas valia a pena “zoávamos” muito com eles, pois eles gostavam de nos chamar de perna de pau. Faziam-nos um verdadeiro estrago, as nossas pernas ficavam meses rocha e dolorida mas com as vitórias tudo era válido. Na escola tinham muitas amigas, fazíamos grupos e nos dividíamos para brincar de queimada e elástico. Na hora de escolher os pares, só faltava ter brigas, por minha causa, eu era muito boa para pegar a bola, e no time que eu ficava dificilmente perderia. No elástico também eu pulava muito alto,e ganhávamos sempre. A professora às vezes brincava de queimada com a gente e futebol mas no elástico ela não arriscava. Em casa no fim de semana, assim que arrumávamos a casa depois do almoço. Íamos brincar debaixo das árvores, minhas primas também vinham os nossos brinquedos eram cacos de louças ou vidros quebrados, a comidinha era folha das arvores as nossas bonecas eram feitas com papel de balas e pau. Durante a semana á noite quando meu pai ia para igreja e a lua estavam bonita minhas primas vinham para minha casa aproveitávamos para brincar de roda ou íamos na casa dos vizinhos, antes que ele chagasse se não ele brigava com a gente. Eu tive pouca infância pois tinha que trabalhar e nas horas de folga meu pai não deixava agente brincar, mas assim que ele saia a gente aproveitava bastante. Lembro-me com muita saudade! Gosto de pensar na minha infância.

Raimunda

  • Minha brincadeira preferida quando era criança era assim : Uma menina batia na mão da outra cruzando as mãos e cantando. Eu sou rica, rica, rica de marré, marré marré. Eu sou rica, rica, rica de marré subiu Quero um de vossos filhos, de marré, marre, marre. Quero um de vossos filhos de marre desceu. Eu gostava muito quando meus primos e minhas primas, iam à minha casa á noite. Nós brincávamos muito sobre a luz do luar, eram os melhores momentos para mim e para minhas irmãs. As nossas brincadeiras eram diversas: Pega-pega, cair no poço, ciranda-cirandinha, cobra-cega, passa anel. Esses eram os momentos em que estávamos todos juntos. Era só alegria!

Reginaldo

  • Na minha infância eu costumava brincar de carrinho feito com os Caixões que na época existia. Eram umas caixas que os comerciantes levavam com sabão. Eu fazia as rodas e colocava nas caixas, além de servir de brincadeira eu também usava para trazer as colheitas da roça e também ganhava dinheiros das pessoas para levar a feira nas casas e quando nós íamos brincar, um de nós ficava dentro do caixão-carrão. Nós costumávamos brincar em uma ladeira que tinha na frete da minha casa mas eu não gostava muito de entra no caixão eu gostava era de ver a queda dos outros quando chegava no fim da ladeira onde muitos se machucavam. Outras brincadeiras que eu gostava era as de rodas nas casas de farinha ajuntava as moças e cantavam lindas musicas cotava versus principalmente quando alguma tinha interesso em um rapaz que estava na roda elas jogava os versos com intenção para aquele rapaz. Brincávamos também com os cabos de vassoura das nossas mães e saíamos correndo espantando as ovelhas que estavam nos pastos. Nós falávamos que os cabos de vassoura eram os cavalos. O que eu gostava também era de jogar pião só para quebra os pião dos outros para ver eles nervosos pois eu sempre procurava fazer os melhor de madeiras forte como eles, não sabiam fazer eu vendia os mais fracos para eles. Também tinha os jogos de bolinhas de godês que era muito divertido nós apostava para ver quem ganhava mas quando perdia.

Esperança

  • A brincadeira que eu mais gostava era de brincar de boneca e casinha com meus primos e primas debaixo do tamarineiro. No quintal da casa da minha avó , nós brincávamos de boneca de pano que minha avó fazia . Nós fazíamos comidinhas para nossos filhos. À noite nós gostávamos também de brincar de rodas e joga versos como: Quando era pequeninha do tamanho do botão, Carregava papai no “bocó” e mamãe no coração.

Marilene

  • Quando eu era criança eu brincava de casinha com as minhas irmãs. Era uma das brincadeiras que eu mais gostava de brincar com elas. Eu era muito feliz quando brincávamos e tenho muitas saudades dessa época. Para colocar as bonecas para dormir, abria um buraco no chão e colocava todas lá . Fazia isso escondido do meu pai porque se ele nos achasse brincando ele nos mandava para roça trabalhar, então, nós ficávamos escondido debaixo de uma cerca de cabento.

Noraldo

  • O que eu mais gostava de fazer na minha infância era viajar com meu pai e tomar conta dos animais e fazer compras no final de semana na cidade. Gostava de ir para casa da minha madrinha porque ela me dava sempre um dinheiro para tomar sorvete, o pior que eu não sabia o que era sorvete, e saia de lá muito feliz por ter ganhado um dinheiro, então, eu comprava caramelo e pão doce.


Cleusa

  • Quando eu era pequena eu tinha uma boneca de pano eu coloquei o nome dela de Nina ,os cabelos eram feitos de linha, os olhos eram pretos e a boca era vermelha. O vestido era de retalho. Era o único brinquedo que tinha. Eu adorava esta boneca, dormia com ela e todos os domingos a gente se reunia na minha casa com a vizinha, e, brincava com as bonecas. Nós fazíamos a comidinha com panelinha de barro, era a nossa diversão. Todas tinham que levar as bonecas, elas tinham que estar bem bonitas. Meus irmãos faziam o batizado delas, era divertido. Essa é a história de uma boneca que tive. A gente também brincava com um joguinho de pedrinhas que nós mesmas inventávamos, o nome era joguinho da Vovó. Hoje se chama joguinho das cinco Maria.

Leninha

  • Meu tempo de criança brincava de cobra-cega com minha amiga. Era muito bom! Nós brincávamos de fazer comidinha todos domingos e quando nós terminávamos, nossa mãe nos chamava para igreja. Na hora, nós chegávamos lá, já corria para brincar de pega-pega. Era muito bom e divertido! Tinha uma que não podia faltar, era ciranda– cirandinha e lagarta pintada sol.....

Maria Aparecida

  • Minha brincadeira quando criança era pular corda. Eu gostava de jogar bola com os meninos, porque eu não gosto de boneca e nem de brincar com elas, sempre preferia brincar de esconde- esconde com minha colega. Mas, a minha brincadeira preferida, a que eu gostava mais, era colocar duas latas com um barbante no meio da lata para eu colocar os pés em cima. Andava com elas, mas quando não dava certo, era cada tombo! O joelho ficava em carne viva.

Marli

  • A brincadeira que eu mais gostava era de cair no poço que tira meu amor Com quem você falar e o que você prefere? Abraço, aperto de mão, um beijo no rosto. Esta brincadeira era feita uma roda de dez pessoas . Eu vou escrever uma roda que nós cantávamos: de abóbora faz melão, de melão faz melancia, faz não senhor, faz senhor faz , fazia não fazia .
Outra roda: O siri ou siriri, ou meu bem o síria, veio tomar meu amor, me deixaram sem amar. Eu agora arrumei outro, quero ver você tomar

Quando eu era criança gostava muito de jogar bola e também brincar de fazendeiro com folha de árvore, dizendo que as folhas eram animais.

Também gostava de brincar com as meninas jogando versos e elas respondiam.

Reginaldo de Jesus Marinho

  • Eu brincadeira de caiu no poço, de esconde-esconde e de pega ladrão. A brincadeira de caiu no poço é uma roda de rapazes e moças que têm nome de frutas diferentes. As pessoas que nós chamávamos era para beijar, passear e esconder.

Thereza de Moraes

  • Na minha infância eu não tinha boneca, porque meu pai e minha mãe não tinham dinheiro para comprar. Mas eu fazia, brincava com boneca de cabelo de milho. Pegava pedaço de madeira e um pedaço de pano, pegava na madeira, no tamanho de uma boneca pequena. Ai enrolava o pano, depois fazia bola de pano de cabeça. Depois colocava a cabeça de milho. Era a minha boneca!

Martinha Moreira dos Santos

  • Eu era uma criança que não tinha brinquedos. Um dia eu mesma costurei uma boneca de pano pra mim e eu brincava com essa boneca. Adorava ela, também não tinha outra. Quando passou algum tempo, meu pai foi embora daqui de São Paulo pra Bahia e levou uma boneca pra mim. Eu fiquei tão contente que não quis mais saber da bonequinha de pano. Outra brincadeira da minha infância era pular corda, só que minha mãe não poderia descobrir porque ela não deixava nós brincarmos, tinha medo que nós levássemos um tombo porque as vezes nós enroscávamos a corda nos pés e acabávamos caindo mesmo. Minha mãe falava: “entre já se não eu vou aí!”. E nós entrávamos quietinhas e eu falava: nós só vamos quando minha mãe sair de casa.


Benedita Alves

  • Eu brincava de roda, nós cantávamos: ciranda, cirandinha, vamos todos cirandar. Depois de cantar uma vez diga um verso bem bonito…

Hélia Almeida C. Santos

  • Éramos quatro irmãs, ainda bem pequenas brincávamos de tudo um pouco: de pega-pega, casinha, esconde-esconde, fazendo comidinha de baixo do pé de caju. Mas a brincadeira que nós mais gostávamos era do anel. Uma criança pega um anel e passa nas mãos de todas as crianças que estiverem ali, em uma das mãos o anel vai estar. Aí, então quem passou o anel fala “anelzinho rodou, rodou, ficou na mão de quem? Quem descobrisse a mão onde o anel estava ganhava um beijo, abraço e uma pedra. Era uma pedra ou um bicho morto enrolado em um papel. Aí então era aquela gritaria e muitas gargalhadas. Uma outra brincadeira que brincávamos muito era quando a nossa mãe ia para o rio lavar roupas ou louças. A gente ia também. Lá no rio, enquanto nossa mãe estava lavando as louças e roupas, a gente, com um pano grande, pegava bastante peixe bem pequenininho e nós engolíamos para aprendermos a nadar. Era muito legal!

Lídia Ruas dos Santos

  • Quando eu era criança, brincava com boneca e de casinha. Eu pegava uma corda e jogava no galho de uma árvore. E pegava um pedaço de pau para fazer o balanço. Brincava de anelzinho: rodou, rodou e ficou na mão de quem? E a pessoa tinha que adivinhar na mão de quem estava o anel. Eu gostava de brincar de perna de pau. E também brincava de amarelinha e de esconde-esconde.

Marcha, soldado Marcha soldado, cabeça de papel.
Se não marchar direito, vai preso no quartel.
O quartel pegou fogo.
Francisco deu sinal,
Acode, acode, acode.
A bandeira nacional.


Maria da Graça

  • Quando eu era criança, gostava de brincar de boneca, nós fazíamos roupa para as bonecas. A gente brincava de roda, nós formávamos um grupo e cantava essa canção:

“Ciranda cirandinha vamos todos cirandar, vamos dar a meia volta, volta e meia vamos dar.
O anel que tu me deste era vidro e se quebrou, o amor que tu me tinhas era pouco e se acabou.
Por isso, dona, entre dentro desta roda, diga um verso bem bonito, diga adeus e vá-se embora”.
Depois que terminava a música, a pessoa falava um verso.

Tinha também essa canção de roda:
“Eu sou pobre, pobre, pobre de marré, marre, marré.
Eu sou pobre, pobre, pobre de marré, marré deu, sim.
Eu sou rica, rica, rica de marré, deu sim.
Quero uma de vossas filhas de marré, marre, marré.
Quero uma de vossas filhas, de marré, deu sim.
Escolha a que, quiseres de marré, marre, marré.
Eu quero a fulana, de marré, deu sim.
Eu quero a fulana, de marré, deu sim.
Que ofício darás a ela, de marré, marré marré.
Que ofício darás a ela, de marré, marré marré.
Dou ofício de costureira de marré, marré, marré.
Dou ofício de costureira de marré, deu sim.
Esse ofício não me agrada, de marré, marré, marré.
Esse ofício não me agrada, de marré, deu sim”.


Marie Meire Nascimento Silva

  • Na minha infância eu gostava de brincar de cobra cega, de amarelinha, de pular corda, de boneca com minhas primas.Tinha várias brincadeiras de casinha, de balanço, pega-pega, de gangorra, de perna de pau, de fazer comidinha na panela de barro. E tinha brincadeira de roda, eu gostava de brincar com as minhas amigas de fazer casa de palha de coqueiro. A noite nós brincávamos de cantiga de roda. Assim:

“Lagarta pintada, quem te pintou?
Foi um velhinho que por aqui passou.
No tempo da areia, fazia poeira, pega esse menino pela ponta da orelha!”

“A roseira quando nasce toma conta do jardim, eu também ando buscando quem tome conta de mim”.
“O fiado já morreu, foi com o dono enterrado, quem quiser beber cachaça, só pagando adiantado".
“Minha mãe tá me chamando, diz a ela que eu já vou, estou lendo uma cartinha que o meu amor mandou”.
“Não tinha nessa rua nem papel nessa cidade nem caneta que consiga descrever minha saudade”.
“Lá no fundo do quintal tem um tacho de melado quem não souber contar é melhor ficar calado”.Minha infância foi de aventuras e brincadeiras. Era muito divertida. Brincava de se esconder, brincava de bola na areia do rio e andava de perninha de pau que a gente fazia lá no Ceará com as madeiras que a gente cortava no mato para fazer carrinho e para pegar água no rio.


Marilene Oliveira

  • Na minha infância eu gostava de brincar de casinha de boneca e de boneca com as minhas primas e também de amarelinha, de pular corda, de esconder. Gostava de pega-pega e de outras coisas. Era uma infância muito divertida, porque eu tinha muitos primos juntos. Era muito legal! Eu brincava de boneca e fazia o batizado das bonecas. Brincava de amarelinha: fazia os quadrados, jogava as pedrinhas no quadrado e não podia pisar no quadrado onde a pedra estava. Brincava de esconder: uma pessoa procurava e o outro ia esconder. Brincava de pega-pega: um não podia tocar no outro. Quem toca na pessoa, fica sendo pegador. Gostava também de brincar de perna de pau com uma vara, de pular corda: dois balançavam a corda e os outros pulavam.


Deonalva Paiva Silva

  • Na minha infância, as brincadeiras eram de roda, pular corda, andar de cavalo de pau. O cavalo de pau era assim: a gente pegava uma vara de pau e saía andando com ela por entre as pernas, como se tivesse montada num cavalo de verdade. Brincava de boneca, só que a boneca era a gente mesmo que fazia com pedaço de pano. Pegava o pedaço de pano, recortava em forma de boneca de verdade, enchia com as sobras dos retalhos dos recortes. Depois dela cheia, pegava outro pano, desfiava em forma de linha para fazer os cabelos, depois pregava no esqueleto cheio de pano e ficava uma linda boneca, pronta para brincar. Tinha outra brincadeira muito legal. Era a de passar o anel. Era assim: ficavam duas filas de crianças, uma de um lado e outra do outro e o anel ia passando de mão em mão e quem ficasse mais tempo com o anel ganhava a brincadeira.

Solange Borges de Oliveira

  • Na minha infância eu brincava de boneca com as minhas duas primas que moravam bem próximas da minha casa.
    Eu adorava brincar com elas. Nós brincávamos o
    dia inteiro. Quando nós cansávamos de brincar de boneca, nós íamos brincar de casinha e aí eu e as minhas duas primas fazíamos um cercado de madeira e deixávamos bem limpinho e arrumava todas as loucinha de brinquedos que elas tinham Ah. Ficava muito bonitinha que dava uma vontade de fica lá. Bom mais nós não podíamos fica, pois tinha que cuidar da casa da minha mãe também. Então o tempo era curto. Enfim, confesso que era muito bom. Tenho muita saudade da minha infância.

Isabel Maria de Jesus

  • Na minha infância eu brincava muito de comidinha. Eu pegava as coisas da cozinha de minha mãe. As minhas bonecas eram feitas de pano ou de algodão. Eu era feliz junto com os meus irmãos e minhas amigas. Tínhamos uma alimentação saudável que era bem forte. Eu e as minhas amigas ficávamos jogando verso até tarde da noite. Vou falar deles:

    Se você fosse uma abelha
    Eu seria uma flor
    Para sentir seu doce beijo
    Me fazendo juras de amor.

    Da laranja quero um gomo
    Do limão um pedaço
    Da sua boca quero um beijo
    Do seu corpo um forte abraço.

    Passam os anos e passam os meses
    Passam os dias e passam as horas
    Só não passa essa saudade
    Que aos poucos me devora.

    Gostaria de encontrar em você algo
    Que eu não gostasse para que eu pudesse te esquecer
    Mas tudo que eu faço só vejo você.

Crispiniana Lourença Santana

  • Eu gostava de brincar com amigos de boneca, pular corda, amarelinha. Brincávamos de esconder e também nos fantasiávamos e íamos para a festa juninha. Era muito legal.
    As vezes minhas primas iam na minha casa me chamar para brincar de roda e nós adorávamos aquela brincadeira: lagarta pintada, quem foi te pintou? Foi uma lagarta que aqui passou pro. No tempo da ilha fazia poeira, puxa lagarta na sua orelha!

Gionilda Gomes Barreto

  • Meu brinquedo preferido foi uma boneca. O nome dela era Lia. Foi um dos meus melhores brinquedos. Eu e ela comprávamos coisas, como fogão, para arrumar a casinha. Só usávamos o fogão novo para fazer leite da boneca. A lenha nós usávamos para fazer almoço. Era muito divertido e hoje sinto muita saudade da minha infância.

    Eu brincava de esconde-esconde: um contava até três e os outros iam esconder e o que ficava contando saía procurando. Outra brincadeira era cantiga de roda. Tinha várias músicas: chapéu leiro, ciranda cirandinha e os versos. Cada parada da música cada um jogava um verso. Foi tudo muito bom, ótimo e maravilhoso.


Irene Valentim da Silva
  • Na minha infância eu morava na roça e eu não tinha brinquedos. Aí eu pegava sabugos de milhos e fazia de bonecas. Quando eu tinha tempo, brincava de casinha de boneca. Eu mobiliava com os meus móveis: eu pegava caixas de fósforo e montava, fazia meu jogo de sofá e minha mesa e mobiliava a minha casa. Também a gente brincava de “gata pintada quem foi que te pintou? Foi a velha cachimbeira que por ali ela passou”. Quando não queríamos brincar disso, aí brincávamos de pular corda e de esconde-esconde. Também tinha uma brincadeira que era de passar anel.



José Aparecido da Silva Gino

  • Eu não tive infância, mas quando sobrava um tempo eu gostava de brincar de bola com os amigos. Às vezes a gente brincava com carrinhos de lata que a gente mesmo fabricava. Os carrinhos eram feitos de latas de óleo e tábuas de madeira, com tábuas fazíamos o chaci e a cabine era feita de lata, as rodas eram feitas com chinelo havaiana. A gente brincava muito de cavalo de pau e era bem divertido para as crianças de antigamente. Na hora de brincar, qualquer coisa era um brinquedo. Era muito legal quando a gente era criança, não tinha preocupações com nada, tudo era diversão.


Joselita Francisca de Souza

  • Quando eu era criança, eu brincava de boneca com minha irmã. Batizei a minha filha da minha irmã que se chamava Laura e batizei a da minha irmã que chamava Janete. Elas brincavam e gostavam muito uma da outra. Lá um dia a filha da minha irmã mudou pra longe e eu fiquei com saudade dela. Eu também gostava muito de jogar bola com minhas amigas. Era muito legal esse tempo. Sinto muita saudade e brincava de roda. A música era “ciranda, cirandinha, vamos dar uma volta e meia volta vamos dar. Aí jogava os versos, o anel que tu me deste logo logo se quebrou, o amor que era seu, logo acabou.


Marcelino Correa Gomes

  • Eu, na minha infância, brincava muito de pião com meus colegas. A gente fazia um círculo no chão para ver quem acertava mais perto do círculo. Aquele que conseguisse o fino maior do círculo não deitava o pião no chão. O pião deitado no chão era chamado um boi, que a gente fazia uma risca no chão com a distância de cinco metros pra ver quem conseguia levar o pião boi até lá, sem conseguir deitar o pião boi no chão.Minha infância foi de aventuras e brincadeiras. Era muito divertida. Brincava de se esconder, brincava de bola na areia do rio e andava de perninha de pau que a gente fazia lá no Ceará com as madeiras que a gente cortava no mato para fazer carrinho e para pegar água no rio.
Ilma Xavier dos Santos

  • Na minha infância eu brincava muito de casinha com minhas irmãs. Mamãe não podia comprar bonecas para nós, mas nós pegávamos um sabugo de milho e fazíamos as bonecas: pegávamos pedaços de pano velho, enrolávamos no sabugo e ficavam lindas as bonecas. Na escola a gente brincava de roda e cantava sempre esta música: “atirei o pau no gato-to, mas o gato-to não morreu dona Chica-ca admirou-se-se, do berro do berro que o gato deu, miau!”.










domingo

Trajetória Escolar


A memória da escola


Maura


  • Comecei a estudar com sete anos de idade, me lembro que a professora segurava na minha mão para fazer a letra do a pois não sabia de nada.A minha professora era muito calma e paciente com todos os alunos.Eu faltava muito na escola porque tinha que ajudar meu pai na roça ou em casa, às vezes, enquanto meus pais estavam pra roça, eu tinha que ficar em casa com minhas irmãs mais novas, mas, mesmo assim, com tanta dificuldade, consegui estudar até a quarta série, porém fui reprovada várias vezes por faltas.Meu pai era bravo, trabalhávamos muito, e ele não deixava a gente sair para passear. Nós não podíamos ir nem na casa da nossa avó. Me sentia presa, não tinha liberdade. Pensei: vou me casar, assim posso ser livre! Minha tia quando soube, teve a idéia e me disse:— Você Maura? Casar com 16 anos, só para se ver livre do seu pai? Você quer vir para São Paulo, para trabalhar comigo pensei duas vezes e vim.Trabalhei com uma senhora japonesa por um ano. Mudei de serviço e fui trabalhar de arrumadeira e a noite tinha que servir o jantar, mas minha patroa foi bondosa comigo, ela gostava do meu trabalho e falou que já tinha um tempo que eu trabalhava com ela, então, ia me dar uma oportunidade de estudar.Ela me falou que o estudo ia me fazer falta no futuro e que as domésticas iam acabar e, só iam existir robôs para fazer o serviço doméstico. Ela disse também que o jantar eles mesmos resolveriam. Fiquei animada e comecei a estudar. Mas um dia vindo para escola com meu esposo, sofri um acidente de moto. Ainda não tinha me recuperado direito, engravidei da Nicolle, então, ficou mais difícil, não tinha com quem deixar minha filha.Hoje ela está com 7 anos e já fica sozinha em casa, mas me sinto insegura. Converso com ela e falo que não posso perder mais tempo, pois por não ter um bom estudo já perdi muitas oportunidades . Só me dei conta disso quando me apareceu um problema na coluna.Era sério, as pessoas queriam me ajudar a arrumar um serviço de recepcionista, um serviço leve, mas como não estudei, ficou difícil. Minha patroa falou: —Agora você vai ter que voltar para escola "cabeção"! Você esta muito nova para estar com um problema tão sério deste. Estude, que eu vou arrumar um serviço no escritório do Vinicius, meu marido, para você.Assim foi minha vida escolar.

Silveneide


  • EU, SILVANEIDE, NÃO TIVE OPORTUNIDADE DE ESTUDAR QUANDO ERA CRIANÇA E NEM NA ADOLESCÊNCIA.QUANDO EU TIVE MINHA FILHA, FUI MORAR NA CASA DA MINHA IRMÃ QUE ESTUDAVA NO COLÉGIO SANTA CRUZ. ELA FALAVA PARA EU ESTUDAR NO SANTA CRUZ, MAS EU TINHA VERGONHA DE VIR PARA A ESCOLA.EM 200I COMECEI NA FASE 1 E ESTUDEI UM SEMESTRE, MAS NÃO TINHA COM QUEM DEIXAR MINHA FILHA.EM 2002 CONHECI O LUIZ, E EM 2003, FIQUEI GRÁVIDA E FOMOS MORAR JUNTOS. ELE LOGO PERCEBEU QUE EU NÃO SABIA LER E ESCREVER E FALAVA PARA EU IR PARA A ESCOLA.EU NÃO QUE RIA, ACHAVA QUE NÃO TINHA MAIS JEITO. COM O PASAR DO TEMPO ELE FALAVA QUE NÃO GOSTAVA DE ME VER PEDINDO PARA ELE ESCREVER, SENDO QUE EU PODIA VOLTAR A ESTUDAR. EM 2005 RESOLVI E VOLTEI A ESTUDAR, DECIDI VIR PARA O SANTA CRUZ PORQUE OS ESTUDOS SÃO FUNDAMENTAIS. A MINHA META É TERMINAR O ENSINO MÉDIO. TODOS OS CONHECIMENTOS QUE A ESCOLA OFERECE SÃO FUNDAMENTAIS PARA QUALQUER PESSOA. OS MEUS PLANOS SÃO SER CABELEREIRA E TER MEU PRÓPRIO SALÃO.

Maria Cleonice Gonzaga

  • Meu nome é Cleonice. Quando criança, não pude estudar porque ajudava minha família. A escola naquela época também não era boa. Voltei a estudar aos 30 anos e depois parei de novo. Retornei há alguns anos para o colégio Mackenzie, mas resolvi sair de lá por causa das minhas dificuldades em português e vim para o Santa Cruz. Pretendo completar a 8a série. A escola pode oferecer várias oportunidades para todos.

Ivone Batista dos Santos


  • Eu, Ivone, tive muita dificuldade na escola. Quando eu era pequena, estudei muito pouco. A professora ensinava, mas a gente não aprendia. Eu tive muitos problemas de saúde. Eu fiquei sem mãe logo pequena, então foi muito difícil para mim e para minha avó. Na escola a professora ensinava e batia ao mesmo tempo. O meu avô não tinha paciência com a gente. Eu ajudava o meu avô na roça. Meu pai abandonou todos nós. Passamos muitas dificuldades. Às vezes não gosto de lembrar do passado, mas tem que lembrar, fazer o quê? Tudo o que eu quero agora é ir em frente.

Alfredo Mascarenhas da Silva

  • Bom, meu nome é Alfredo, nasci no interior, mas fui morar em Salvador. Minha vida foi sempre difícil, mas tive várias oportunidades de estudar, porém eu queria mesmo era trabalhar, porque meu cunhado tinha uma oficina mecânica e adorava mexer nas ferramentas, nos carros, me sujar de óleo. Eu não queria saber de estudar, gostava mesmo de ficar por ali na oficina, mas o tempo foi passando e eu fui percebendo que eu estava errado. Quando fiquei mais velho, aos dezoito anos mais ou menos, fui para o interior e procurei uma boa escola. Matriculei-me, mas fiquei pouco tempo, pois o trabalho em Salvador me chamava. Apesar de saber que precisava estudar, também precisava trabalhar. Em Salvador, resolvi estudar, mas por pouco tempo. Depois vim para São Paulo trabalhar. Fiquei seis anos, mas como não tive oportunidades voltei para o interior. Estudei mais um pouco, voltei para São Paulo. Trabalho em uma casa de família que a patroa fez questão que eu estudasse. Graças a Deus encontrei uma vaga no Santa Cruz.


Ana Lucia Silva

  • Eu não tive chance de estudar quando era criança porque meu pai era muito chato. Quando eu comecei a estudar, eu tinha 15 anos. Minha antiga escola era muito legal, e lá eu aprendei a ler. Meus professores eram muitos bons comigo e, claro, com os outros também. Nunca passei dificuldades, eu voltei a estudar porque eu quero ter um trabalho melhor pra mim, eu pretendo estudar até terminar os estudos. O que tiver para aprender eu vou estudando. A escola pode me oferecer um trabalho melhor e os meus planos são trabalhar, ter casa, uma filha ou filho.





quarta-feira

Pessoas especiais


Uma pessoa marcante...


Alfredo

  • A pessoa que me marcou é a minha irmã Áurea. Ela tem um metro e sessenta e oito de altura e pesa mais ou menos sessenta e seis quilos.É muito alegre e o que mais a torna especial é que quando eu era criança ela me adotou, me levando para morar com ela. Cuidou de mim como se fosse um filho, pois queria o melhor para mim. Fiquei muitos anos com ela. Áurea, minha irmã, é especial para mim uma mãe . Hoje adoro quando ela me liga porque gosto muito de falar com ela.

Marilene

  • Minha avó foi uma pessoa muito marcante na minha vida porque quando eu tinha 8 anos eu sempre ia na casa dela na parte da manhã. Ela mandava eu pegar a lenha para colocar no fogo, e a me dava uma bolinha de açúcar, então, para mim ela foi uma pessoa muito boa. Até hoje eu sinto a falta dela, porque ela era uma avó muito carinhosa ,e por isso que os netos gostavam tanto dela. Eu gostaria muito que ela estivesse viva, porque eu não tenho avós nem da parte da minha mãe e nem do meu pai. Todos morreram quando eu era criança. Minha avó era uma pessoa muito batalhadora e eu acho que eu puxei à ela, porque comecei a trabalhar com catorze anos aqui em São Paulo, sem família nenhuma por perto, até hoje.
Reginaldo

  • Foram várias pessoas que marcaram minha vida, mas teve uma que foi muito especial. Era um colega de infância,ele era da cidade vizinha da que eu morava, nós nos dávamos muito bem e tudo que eu participava, ele estava junto. Era o colega que todo mundo mostrava admiração em perceber como nós nos dávamos tão bem. O pai dele tinha um barzinho e lá na cidade que ele morava tinha muitas festas, então, eu ia para lá e a noite nós íamos para as festas. Quando nós chegávamos para não incomodar os pais dele, nós íamos para o bar e eu dormia em cima do balcão. Depois ele veio para são Paulo e passaram-se vinte anos, depois de todo esse tempo voltamos a nos encontrar. Nossa amizade continua a mesma até hoje. Ele é uma pessoa que sempre me entende e também não temos segredo de um para o outro. Hoje ele mora aqui em São Paulo no bairro de Diadema. Eu moro no bairro do Butantã, mas nós sempre nos comunicamos por telefone. O nome dele é Erasmo.
Ana Lúcia


  • Eu e minha irmã, não nos dávamos muito bem até bem pouco tempo. Nós brigávamos muito, ela era sempre a certa em tudo e eu sempre a errada. Tudo que eu fazia ela sempre achava errado. Quando ela chegava do trabalho se não me visse em casa já era motivo de brigas.Eu não podia sair com minhas amigas porque ela dizia para nossa mãe que minhas amigas não prestavam, não tinham futuro. Minha mãe então pensava que a Ana e a Dedé, minhas irmãs, eram as santas de casa. Eu, por outro lado, era sempre a peste! Mas tudo mudou depois que eu comecei a trabalhar. Agora eu sou o anjo da casa. Elas não me maltratam mais. Hoje em dia, Ana só sai se for comigo, coisa que antes ela não fazia. Vamos para as festas, para o shopping e agora nós duas andamos como verdadeiras irmãs e amigas, sempre juntas pra tudo, aonde uma vai a outra tem que ir junto! Por tudo isso ela se tornou uma pessoa marcante para mim.
Silvaneide

  • Eu fui criada com minha irmã dos nove meses até os 10 anos na Bahia. Eu, até então, pensava que ela fosse minha mãe, mas eu não era filha dela, e sim irmã. Ela separou-se do marido e não tinha como ficar comigo e contou que eu era irmã dela, e que tínhamos mais irmãos em São Paulo, disse que um deles vinha me buscar para ir para São Paulo e, disse também que ela logo iria, precisava só vender as coisas antes. Eu, sem saída, tive que vir. Vim com aquele desconhecido dizendo que era meu irmão. Eu não entendia nada só queria fica com minha “ mãe”, mas ela não podia vir para São Paulo. Cheguei chorando, num lugar grande, com pessoas, naquele momento, estranhas para mim, mas que eram meus irmãos. Fiquei aqui em São Paulo até hoje, mas o começo foi muito duro!

  • Edson foi um homem muito especial para mim porque ele foi meu grande amor. Ele deixou lembranças em mim que o tempo não apaga porque ele é um homem muito companheiro amigo, gentil, cheiroso e muito bonito. Sempre com um sorriso no rosto nuca estava com raiva. Ele sempre falava que nós dois íamos ficar velhos juntos para sempre, mas o destino foi cruel! Hoje nem sei onde ele mora. Nós vamos nos encontrar em outras vidas e vamos ficar juntos para todo sempre.
Eleci

  • Vou contar de uma pessoa muito querida. Esta pessoa de quem lembro, é irmã do meu pai, ela se chamava Elisa. Era uma mulher com a personalidade forte e batalhadora. Tinha um coração bom. Ela não teve filhos, mas adotou duas crianças para criar, uma delas é o meu primo e a outra é minha cunhada. Cuidou como se fossem seus filhos e eu gostava muito de ir para o sítio. Lá tinha todos os tipos de frutas e as crianças adoravam ir para a sua casa, além disso, ela adorava fazer doce e bolos . Elisa foi marcante para mim.
Ereni

  • Uma pessoa especial que esta presente em minha vida e no meu coração, é a minha mãe. A vida sem ela não faz muito sentido tudo se perdeu. Quando ela era viva tudo tinha alegria, mas depois que ela se foi tudo ficou muito triste como um céu escuro sem a lua e as estrelas. Ela era maravilhosa e doce para toda família. Tinha um coração muito bom, era muito cuidadosa com todos os filhos e mesmo já doente ela não deixou de cuidar de ninguém da família. Se ia viajar, ia ao mercado comprava de tudo e não deixava faltar nada. O mais importante era o amor que ela dava para nós. Além da minha filha, minha mãe foi a pessoa mais marcante da minha vida.
Esperança

  • A pessoa mais importante da minha vida foi minha avó. Ela era uma avó muito boa. Gostava de dormir na casa dela porque ela me ensinava a rezar e contava histórias para eu dormir. Me ensinou uma oração que eu rezo até hoje antes de dormir é assim: Com DEUS me deito, Com DEUS me levanto, Pela graça de DEUS e do DIVINO ESPIRITO SANTO. Nossa Senhora me cubra com vosso divino manto. Tenho muita saudade dela que já está com DEUS.
Jarnelândia

  • Uma pessoa que me marcou muito foi minha prima que já morreu. Ela era muito alegre e gostava de reunir as famílias na sua casa no final do ano. Fazia a maior festa com muitas comidas, bebidas e muita dança. Nós ficávamos muito felizes, mas na hora de voltar para casa ela ficava triste e não queria que nós fossemos embora. Ela começava a falar que seu aniversário estava chegando e queria que voltássemos. Ela dizia sempre que gostava de ter a casa cheia com os filhos e amigos.
Manuel

  • Uma pessoa marcante para mim foi minha mãe, ela sempre foi tudo de bom na minha vida. Era mãe e amiga! Quando eu ia para as festas, ela só ficava tranqüila quando eu voltava para casa. Todos os dias pedia que não viesse para são Paulo porque ela não estaria por perto para me proteger. Era uma mulher morena, com cabelos pretos, um metro e sessenta mais ou menos, muito bonita. Uma mãe protetora que faria qualquer coisa pelos filhos. Quando eu vim para São Paulo, na primeira vez, assim que sai pela porta, ela desmaiou. Eu já estava de passagem comprada e fui para casa da minha irmã. Passou umas duas horas e eu pedi para o meu primo ir vê- lá para saber como ela estava. O meu primo voltou e me falou que estava tudo bem. Para ela a vida só ficava bem, se os filhos estavam todos ao lado dela.Na hora da dormir ela ia na cama de cada um de nós, conferia se estávamos todos cobertos e se não tívessemos ela cobria um por um. Era uma super mãe. Hoje não está mais com a gente,está com Deus! Sinto muito a sua falta e nas horas difícieis peço a proteção dela.
Marilene

  • Minha avó foi uma pessoa muito marcante na minha vida porque quando eu tinha 8 anos eu sempre ia na casa dela na parte da manhã. Ela mandava eu pegar a lenha para colocar no fogo, e a me dava uma bolinha de açúcar, então, para mim ela foi uma pessoa muito boa. Até hoje eu sinto a falta dela, porque ela era uma avó muito carinhosa ,e por isso que os netos gostavam tanto dela. Eu gostaria muito que ela estivesse viva, porque eu não tenho avós nem da parte da minha mãe e nem do meu pai. Todos morreram quando eu era criança. Minha avó era uma pessoa muito batalhadora e eu acho que eu puxei à ela, porque comecei a trabalhar com catorze anos aqui em São Paulo, sem família nenhuma por perto, até hoje.
Marli

  • Eu vou escrever sobre minha amiga Claudinha. Eu gosto muito dela e confio muito nela. Nós duas somos amigas desde muito tempo. Eu tinha sete anos e ela tinha nove. Quando eu saía para passear sempre chamava-a e ela sempre ligava para mim. Nós passávamos mais de quarenta minutos falando no telefone. Ela é uma amiga e colega de verdade. Meu pai gosta dela porque é tão carinhosa com ele que ele a considera como uma filha.Toda a família gosta dela porque é maravilhosa. A mãe dela também gosta muito de mim, assim como gosto dela. Quando eu vou para a Bahia levo muitos presentes e nunca esqueço dela.
Noraldo

  • Eu vou falar de um amigo especial. O nome desse amigo é Mario Tadeu. Quando eu comecei a trabalhar no Carrefour, precisava muito do trabalho. Eu logo conheci este rapaz de personalidade muito forte .Ele era filho de italiano e no começo eu não tive nenhuma simpatia por ele. Achava que era muito arrogante, mesmo sem conhecê-lo direito. O tempo foi passando e eu fui conhecendo-o melhor. Ele começou a me ensinar a trabalhar na peixaria. Ele fazia isso escondido do meu chefe que não queria que eu aprendesse a preparar os pescados, mas mesmo assim ele me ensinava escondido. Com o passar do tempo eu aprendi a trabalhar e aprendi uma lição de vida, pois foi a pessoa que eu não gostava que me ensinou. Tudo que sei hoje, agradeço à ele. Tornou-se um amigo que não vou esquecer por toda a minha vida. Mario Tadeu obrigado por tudo!
Raimunda
  • Minha querida e adorada avó foi uma pessoa muito especial. Marcou minha vida em todos os sentidos. Vou contar um pouco sobre ela. O nome dela era Cecília, ela era alta, tinha a pele branquinha, os cabelos bem pretinhos, que eu amava pentear. Todos os fins de tarde ela sentava no terreiro da casa e eu lhe fazia rabo de cavalo e tranças. Ela só faltava adormecer. Seus olhos eram azuis da cor do céu, eram tão azuis que pareciam mais duas piscinas. Quando ela me olhava carinhosamente, dava vontade de mergulhar neles. Ah, como eu amava aqueles olhos. Eu amava tudo na minha mãezinha. Mãezinha, era assim que eu a chamava. Eu gostava do seu cheiro, ela era a senhora mais cheirosa das proximidades. Quando ela ia sair sempre me levava com ela. Eu ficava pronta logo, então ficava admirando-a enquanto ela se arrumava. Eu ficava fascinada em vê-la passando seu pó no rosto e se perfumando em frente ao espelho. A minha avó marcou minha vida, porque com ela eu cresci recebendo amor, carinho e compreensão. A minha avó era especial porque ela fazia com que eu me sentisse especial. É uma pena que ela se foi.
Reginaldo
  • Foram várias pessoas que marcaram minha vida, mas teve uma que foi muito especial. Era um colega de infância que morava na cidade vizinha a que eu morava. Nós nos dávamos muito bem e tudo que eu participava ele estava junto. Era uma amizade do qual todo mundo se admirava, pois nos dávamos muito bem. O pai dele tinha um barzinho e lá na cidade que ele morava tinham muitas festas. Eu ia para lá e a noite nós íamos para as festas. Quando nós chegávamos, para não incomodar os pais dele, nós íamos para o bar e eu dormia em cima do balcão. Um dia ele veio para São Paulo e se passaram vinte anos. Depois de tanto tempo voltamos a nos encontrar e nossa amizade continua a mesma até hoje. Ele é uma pessoa que sempre me entende e também não temos segredo de um para o outro. Hoje ele mora aqui em São Paulo no bairro de Diadema e eu moro no bairro do Butantã. Nós sempre nos comunicamos, mesmo por telefone. O nome dele é Erasmo.

Rosana
  • Tia Maria foi uma pessoa muito especial na minha vida, sem ela não sei o que teria sido de mim. Ela era uma grande mulher, cuidava da casa, trabalhava e estudava. Cuidou de mim e dos seus dois filhos, Daniela e Marcelo, que era um menino que deu muito trabalho porque aprontava muito. Ela é baixinha e gordinha.

Vera Lúcia

  • Nazaré é para mim uma pessoa que sinto muitas saudades, porque ela é muito alegre, está sempre de bom humor e um sorriso marcante. Lembro de quando a gente se encontrava, era muito divertido. Nazaré, pra mim, é mais que uma irmã. Nos damos muito bem somos amigas até hoje. Sempre que posso, falo com ela para matar a saudades dos tempos em que morávamos juntas. Quando resolvi vir para São Paulo quase morri de saudades dela. Fiquei cinco anos sem vê-la. Em janeiro de 2008, viajei para Alagoas,onde passei um mês de férias maravilhoso. Revê-la foi muito bom, ela está a mesma de sempre, rindo de tudo. Nazaré para mim é uma pessoa inesquecível. Os melhores anos da minha vida, vivi,quando estava em Alagoas,por isso,Nazaré é para mim uma pessoa muito especial e sempre vai ser !

















quinta-feira

Imagens, Lembranças e Arte





Na escola a oportunidade de admirar imagens que lembravam seus lugares de origem. Fizeram um trabalho de colagem e costura num tecido, a fim de remontarem uma representação de algo que lembravam com saudade...

O que eu tenho saudades....


Quando lembro do cajueiro do quintal fico com muita vontade de voltar o tempo e viver minha vida lá no sertão....
O jumento era nosso companheiro de todas as horas. Era um carro econômico.

Nossa chegada em São Paulo

Cheguei aqui.....

aqui entrarão mais textos dos alunos...